quinta-feira, outubro 07, 2010

Empresas de transporte ferroviário investem na modernização de sistemas - by Jornal do Comércio

Apesar da participação das ferrovias ser de apenas 4% da matriz modal de transportes brasileiro, o investimento no desenvolvimento de tecnologias e equipamentos é uma constante no setor ferroviário. Diferentemente do que as pessoas podem imaginar, para garantir a performance das operações ferroviárias, o modal opera com tecnologia de ponta e equipamentos como vagões desenvolvidos especificamente para cada operação. É o caso das concessionárias de transporte ferroviário como a Vale, Ferrovia Tereza Cristina (FTC), Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) e América Latina Logística (ALL).

A empresa Vale deve fechar o ano totalizando R$ 1,2 bilhões investidos em pesquisa e desenvolvimento. De acordo com o gerente-geral de Inovação e Desenvolvimento Ferroviário, Gustavo Mucci, a inovação é um dos fatores que alavancam a performance da empresa. Entre as inovações que estão garantindo ganhos para a empresa estão o simulador de trens e o helper dinâmico.

Provando que o Brasil tem conhecimento para criar tecnologia de ponta, a Vale e a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram o mais moderno simulador de trens do mundo. Imagens produzidas em 3D mostram o comportamento do trem ao longo do trajeto da ferrovia com a simulação de diferentes condições climáticas como sol, neblina e chuva. Por meio de um sistema de georreferenciamento, o simulador também pode criar diferentes malhas e projetar situações de risco como a de animais cruzando a linha do trem durante a noite. Composto por funcionalidades inovadoras como a leitura de dados de latitude e longitude, o equipamento também consegue determinar características topográficas do relevo da malha ferroviária, como curvas acentuadas e desníveis. 

O simulador considera também, em um ambiente de realidade virtual, todas as características do trem, como aderência das rodas ao trilho, eficiência da frenagem, de tração e do freio dinâmico, tempo de percurso, consumo de combustível e procedimentos de segurança.

Mas, as vantagens do equipamento vão além. Através da simulação é possível fazer estudos operacionais para aperfeiçoar o uso das composições garantindo melhor desempenho de segurança, economia de combustível e redução de desgaste das locomotivas e vagões.

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