quarta-feira, novembro 09, 2011

SISTEMA DE INDICADORES DE PERCEPÇÃO SOCIAL

Estudo atualizado e muito interessante do IPEA (Institudo de Pesquisa Econômica Aplicada) a respeito da mobilidade urbana no Brasil.


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SP desiste de criar novas motofaixas

Número de acidentes envolvendo motos aumentou após criação de faixas.
Atualmente, capital paulista conta com duas motofaixas.





A Prefeitura de São Paulo descarta a criação de novas motofaixas. A informação foi dada nesta terça-feira (8) pelo secretário municipal de Transportes, Marcelo Cardinale Branco, na Câmara Municipal. Segundo ele, as motofaixas criadas na Avenida Sumaré e na Rua Vergueiro não conseguiram reduzir o número de acidentes nessas vias.

"Os resultados não são os que nós esperávamos. Como não ocorreu redução de acidentes, houve um aumento, hoje não temos mais nenhum desenho de motofaixa sendo feito", afirmou o secretário. A Secretaria Municipal dos Transportes diz estar finalizando um balanço do total de acidentes nessas vias para decidir se vai manter as motofaixas ou retirá-las.

As motofaixas eram, desde o início de 2008, a principal aposta para tentar reduzir o número de mortes com motociclistas. No Plano de Metas 2009-2012, o prefeito Gilberto Kassab (PSD) chegou a assegurar a criação de oito delas. Em 2011, com a criação da faixa na Rua Vergueiro, a meta foi reduzida para três. Mas, para 2012, último ano do atual governo, não existe nenhum investimento previsto.

Os acidentes com os motociclistas vêm aumentando na capital mesmo após a inauguração das duas faixas exclusivas. Em 2010, houve uma elevação de 11,7% no número de motoqueiros mortos, o que interrompeu uma tendência de queda verificada em 2009. Apesar das motos serem apenas 12% da frota de veículos, os motoqueiros são 35% das pessoas que morrem no trânsito paulistano todos os anos.

Fonte: G1

domingo, novembro 06, 2011

Estudo avalia mobilidade urbana de 66 cidades do mundo

Com os atuais sistemas beirando o colapso, a mobilidade urbana é um dos desafios mais difíceis com que as cidades se defrontam. Em "O Futuro da Mobilidade Urbana: Rumo às cidades multimodais em rede em 2050" as melhores práticas de todo o mundo que utilizam imperativos estratégicos para fazer frente a este desafio são apresentadas.

Usando 11 critérios, a empresa de consultoria em inovação Arthur D. Little (ADL) avaliou a maturidade da mobilidade e o desempenho de 66 cidades em todo o mundo utilizando uma pontuação de 0 a 100 para os indicadores. O resultado médio acabou ficando abaixo de 65, mostrando que hoje a maioria das cidades somente está alcançando dois terços de seus potenciais. Hong Kong e Amsterdã são as duas únicas cidades que obtiveram mais de 80 pontos, com Atlanta e Teerã na parte inferior do espectro com 46,2 e 47,7 pontos, respectivamente.

"Em 2050, setenta por cento da população mundial viverá em cidades, e a maioria dos sistemas de mobilidade urbana simplesmente não pode lidar com isto. Nossa pesquisa e análise evidenciaram que existe uma ampla gama de soluções e tecnologias disponíveis para resolver os atuais desafios da mobilidade, mas a maioria dos sistemas de mobilidade urbana se mostrou hostil à inovação", declara Wilhelm Lerner, Parceiro de Estratégia e Organização da ADL.

Conforme o estudo, para enfrentar o desafio da mobilidade urbana, as cidades devem implementar uma das três estratégias, dependendo de sua localização e maturidade:

-- Interligar o sistema em rede: Cidades com alto desempenho devem fornecer um ponto de acesso único para a cadeia de valor da viagem a fim de promover o transporte multimodal.

-- Repensar o sistema: Cidades em países desenvolvidos com uma alta proporção de transporte individual motorizado necessitam replanejar fundamentalmente seus sistemas de mobilidade para se tornarem mais orientados ao público e à sustentabilidade.

-- Estabelecer estrutura sustentável: Cidades de países emergentes devem estabelecer uma estrutura sustentável que possa satisfazer as demandas de curto prazo com um custo razoável sem a necessidade de grande remodelamento posterior.

Além disto, a pesquisa identificou três modelos de negócios sustentáveis em longo prazo para os fornecedores de mobilidade:

-- O Google da mobilidade urbana: Construído sobre um ativo fundamental de uma interface amigável ao cliente, o modelo fornece um ponto único de acesso para a mobilidade multimodal e serviços complementares para os consumidores finais em larga escala para conduzir a captação.

-- O Apple da mobilidade urbana: No centro deste modelo de negócios estão integrados serviços e soluções de mobilidade a consumidores finais ou cidades. Serviços integrados de mobilidade para consumidores finais fornecem uma experiência de percursos multimodais sem descontinuidade, como transporte público interligado com carros e compartilhamento de bicicletas. O fornecedores interessados disponibilizam soluções multimodais integradas completas.

-- A Dell da mobilidade urbana: Esta é uma oferta básica com compartilhamento de carros ou bicicletas, sem integração ou interligação em rede. Também pode incluir soluções tecnológicas inovadoras como transponders que tornam viáveis os modelos Google e Apple.

O relatório completo pode ser acessado AQUI