sexta-feira, dezembro 23, 2011

As Origens do Problema

Trânsito congestionado na Av. 23 de Maio em São Paulo. (Foto: Milton Jung CBNSP)
As cidades brasileiras vivem um momento em que já não se pode mais deixar de reconhecer a mobilidade urbana  como uma das grandes questões de suas agendas políticas locais. Surgem, agora, teses variadas a respeito do entupimento das ruas e do declínio da nossa faculdade humana de ir e vir.
Há quem ainda não tenha superado as ideias modernistas e pregue o alargamento de vias, a construção de viadutos e o asfaltamento massivo. Esses vivem a velha ilusão da liberdade baseada na posse de um veículo automotor. Ainda não perceberam que um cenário onde cada cidadão possua um carro é inviável, tanto do ponto de vista global quanto no que diz respeito à boa forma das cidades.
Em um nível de maturidade um pouco mais elevado estão aqueles que perceberam que o excesso de veículos individuais é um problema a ser enfrentado. Esses costumam culpar os governantes e o parco investimento nos sistemas públicos de transporte coletivo. Resistem a tornarem-se usuários desses sistemas, alegando que a qualidade dos serviços é baixa. Não notam que as coisas só vão mudar quando usuários mais influentes passarem a exigir melhorias.
A análise do problema começa a ficar interessante quando começamos a julgar os interesses que estão em jogo na definição da agenda política de mobilidade urbana. Indústrias, transportadores, construtores e outros lobbies têm um papel importante na priorização dos investimentos estatais.
A falta de cultura política da sociedade civil brasileira faz com a visão do cidadão comum, sem maiores compromissos com agendas econômicas específicas, não seja representada nos processos decisórios.
Uma visão ainda mais ampla da questão dá conta da chamada cultura automobilística. Trata-se de um valor da nossa sociedade que tem impacto em muitos hábitos e decisões. Desde o trabalhador informal, que abandona o ônibus para comprar uma motocicleta assim que a oportunidade bate à porta, até o ministro,
que decide reduzir o imposto sobre os veículos individuais como forma de aumentar o giro da economia. Todos temos um pouquinho de gasolina no sangue.
Em outra ponta do mapa conceitual da mobilidade urbana está a quantidade de deslocamentos desnecessários que realizamos no cotidiano. Quantas viagens poderiam ser evitadas se tivéssemos processos burocráticos mais inteligentes ou se utilizássemos massivamente ferramentas tecnológicas como o Dropbox, que permite disponibilizar arquivos para a edição de diversos usuários, evitando o envio de documentos por via física.
É verdade que o problema é complexo. Mas é importante que façamos um esforço para perceber de maneira precisa os nexos causais que envolvem a situação de nossas cidades. Para não sucumbirmos a eventuais armadilhas midiáticas nem aos reducionismos que servem a um ou outro interesse

Fonte: http://thecityfixbrasil.com/2011/09/28/as-origens-do-problema/

quinta-feira, dezembro 22, 2011

Bike Elétrica


BIKE ELÉTRICA
O mundo pede ajuda e, por isso, precisamos cuidar e atentar para nossas ações diárias. Uma boa opção para potencializar essa ajuda é a substituição dos carros por bicicletas, meio de transporte que se utiliza de energia limpa e renovável. Lançada há pouco no mercado, a bicicleta elétrica Biobike possui 8 horas de carga, podendo rodar até 40 quilômetros. Equipada com motor elétrico de 250 Watts, ela tem sistema de partida, sinalização completa e velocímetro com indicador de energia. Um produto alimentado por uma energia menos poluente que os gases tóxicos dos automóveis, gerada por fontes renováveis, como o movimento da água, a luz solar e o vento.

FONTE: http://revistageo.uol.com.br/cultura-expedicoes/32/ecovitrine-compromisso-verde-243406-1.asp, em, 21/12/2011

terça-feira, dezembro 20, 2011

Prefeitura lança proposta para transporte hidroviário em Porto Alegre

Na quinta-feira passada, 15/12, foi assinado pelo prefeito José Fortunati um edital de manifestação de interesse para apresentação de estudos de viabilidade e propostas de operação do transporte hidroviário de passageiros no lago Guaíba.

A ideia é transformar o Guaíba em uma rota alternativa entre a zona Sul e o Centro.

O diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Vanderlei Cap-pellari, ressaltou que a proposta é buscar empresas que detenham conhecimento na área, subsidiando um futuro edital de concessão de transporte hidroviário municipal, diário ou turístico. A meta da prefeitura é que, até o final de 2012, seja realizada a licitação para concessão do serviço.

Segundo Fortunati, a novidade é que, havendo uma empresa interessada para operar no Guaíba, a prefeitura irá autorizar a sua utilização no período experimental de 365 dias. Para isso, a empresa deverá apresentar uma proposta opcional de operação informando os locais com potencial para estações hidroviárias. O prefeito destacou ainda que o transporte de passageiros entre Porto Alegre e Guaíba superou as expectativas. Em um mês de funcionamento do catamarã, 60 mil pessoas foram transportadas.

De acordo com a diretora de Transportes da EPTC, Maria Cristina Ladeira, a alternativa fluvial vai contribuir para desafogar o transporte rodoviário. "A iniciativa vai possibilitar retirarmos das ruas centenas de veículos", comenta.
O presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Câmara de Vereadores (Cosmam), Thiago Duarte (PDT), ressaltou que a travessia beneficiaria ainda bairros como Vila Assunção, Tristeza, Ipanema, Ponta Grossa e Belém Novo. "O transporte hidroviário é uma alternativa para cortar caminhos e causa menos poluição, estresse e acidentes", aposta. Segundo Duarte, em passeio realizado no mês de março, do Cais Mauá até a praia do Lami, os vereadores levaram menos de duas horas no trajeto de ida e volta.

Fonte: http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=81610

segunda-feira, dezembro 19, 2011

10 princípios da mobilidade urbana sustentável

De acordo com o International Transport Forum, o setor de transporte é responsável por cerca de 1/4 das emissões dos chamados Gases do Efeito Estufa – GEE, na maior parte devido ao grande crescimento da frota de carros e caminhões, e o aumento de usuários no transporte aéreo. Um crescimento de 45% de 1990 a 2007. Até aí, acho que nenhuma novidade. Sabemos que a forma como transportamos mercadorias e a nós próprios tem um impacto considerável ao meio ambiente: quer seja na emissão dos GEE, na construção de rodovias e na urbanização não planejada que este processo acarreta.

Tomemos o exemplo do Brasil: a malha rodoviária recebeu grandes incentivos a partir da década de 50, o que possibilitou o seu rápido crescimento, principalmente devido a inserção da indústria automobilística no país. Na última crise, o Governo Lula optou pela baixa nos preços dos automóveis para salvar a economia do país. Segundo dados de Abril do Departamento Nacional de Trânsito – DNT, o país possui uma frota de mais de 61 milhões de veículos e este número cresce a cada dia.

A falta de planejamento urbano é também um agravante à sustentabilidade urbana: há um crescimento que não considera condições básicas à vivência, e muito menos, a sustentabilidade. Podemos citar aqui o crescimento populacional nas grandes cidades: estima-se que em 2030, 60% da população mundial, cerca de 5 bilhões de pessoas, viverão em áreas urbanas – e a maioria delas em países em desenvolvimento. Ou seja, é urgente criarmos condições para um equilíbrio entre moradia, transporte, circulação de carros e pedestres, manutenção de áreas verdes, etc.

Em relação ao impacto do crescimento populacional na qualidade do transporte nas cidades, o Institute for Transportation and Development Policy (ITDP) desenvolveu uma publicação que apresenta 10 princípions para que as cidades possam encarar estes desafios que falei e chegar a esse equilíbrio. “Our Cities Ourselves: 10 Principles for Transport in Urban Life” é uma publicação para auxílio em um planejamento urbano mais inteligente.

Veja abaixo estes 10 princípios:

Andar a pé: é preciso garantir espaços seguros, desobstruídos e de qualidade aos pedestres;
Não-poluentes: deve-se criar condições ao uso de transportes não-poluentes, como a criação de ciclovias;
Transporte público: oferecer transporte público de qualidade, que supra as necessidades dos passageiros;
Controle de tráfego: criar restrinções a carros em locais de grande circulação de pedestres;
Serviços delivery: fazer as entregas da forma mais segura e limpa possível;
Integração: é preciso integrar pessoas e construções, possibilitando lazer, trabalho e outras atividades em espaços próximos;
Preencher espaços: com o preenchimento de espaços vazios, como terrenos baldios, possibilita essa integração do item F, tornando as atividades possíveis a pé, por exemplo;
Preservação dos bens: preservar a diversidade sociocultural, os ambientes e belezas naturais da cidade;
Diminuir distâncias: criar conexões entre lugares, possibilitando caminhos diretos e livres;
Durabilidade: planejamento e uso de materiais de qualidade, posterior manutenção.

domingo, dezembro 18, 2011

Cidade organiza debate de mobilidade sustentável


A partir de iniciativa do Instituto de Manejo Florestal (Imaflora), está sendo organizado em Piracicaba a I Semana de Mobilidade Sustentável, prevista para acontecer no período de 22 de setembro, quando é comemorado o Dia Mundial Sem Carro. Ainda em fase embrionária, o encontro pretende reunir entidades e pessoas interessadas em discutir alternativas e soluções para o setor na cidade. “Estamos abertos a receber apoiadores e sugestões para o que devemos discutir durante este período”, diz Renato Morgado, do Imaflora.

Em agosto, aconteceu a segunda reunião de organização da I Semana de Mobilidade Sustentável, onde foram agregados novos interessados, como o Sesc e a Associação dos Acidentados no Trânsito de Piracicaba, porém, a expectativa de Morgado é que, a medida que as discussões vão tomando corpo, outros organismos possam agregar ao evento.

Na justificativa do projeto da semana, os organizadores atentam-se à dicotomia da mobilidade na cidade, “de um lado encontra-se apoiada nas mais modernas e inovadoras tecnologias, e de outro retrocede, com problemas de congestionamento cada vez mais recorrentes”, avaliam. Neste debate, entram questões como matriz energética, altamente nociva à atmosfera e à saúde humana, poluição sonora, oferecimento de condições desiguais de acessibilidade, violência no trânsito, e uma série de outros efeitos negativos provocados pelo uso predominante do automóvel.

Ainda não há uma programação fechada, mas diversos assuntos foram levantados para ser direcionado como debate mais profundo. Entre os temas, está a relação com poder público no que tange à implementação do Plano Diretor de Mobilidade, a promoção de discussões sobre a priorização e adequação do espaço viário para o trânsito de pedestres, pessoas com necessidades especiais, idosos e ciclistas, assim como a situação do transporte coletivo público e o processo de licitação de sua concessão, e a implementação de ciclovias e ciclofaixas com a viabilização do Plano Cicloviário Municipal.

terça-feira, dezembro 13, 2011

Fonte do Post Anterior

http://g1.globo.com/Noticias/Carros/0,,MUL1448096-9658,00-MONTADORAS+CORREM+PARA+ESTREAR+CARROS+HIBRIDOS+NO+BRASIL.html

Montadoras correm para estrear carros híbridos no Brasil

Mercedes-Benz S400 H chega ao país no primeiro trimestre deste ano.
Prius estreou na Argentina e recebe adaptação para combustível brasileiro.

Foto: Divulgação

Mercedes-Benz S400 Hybrid chega às lojas no Brasil no primeiro trimestre (Foto: Divulgação)

Demorou mais de dez anos para os carros híbridos chegarem ao mercado brasileiro, agora, as montadoras correm para ter o "título" de primeira a lançar um carro com tal tecnologia no país. A Mercedes-Benz já fala em modelo e data e confirma que trará o S400 Hybrid no primeiro trimestre deste ano. A Toyota aposta no sucesso do Prius e faz, inclusive, a adaptação do modelo para receber a gasolina brasileira, que é misturada com álcool anidro. Justamente por causa do combustível, o Prius estreou antes, em novembro do ano passado, na Argentina, onde a gasolina não tem adição de etanol. Como comparação, o carro chegou ao mercado japonês em 1997 e hoje é o mais vendido no país.

Os modelos híbridos possuem duas fontes de energia em ação conjunta: a combustão (seja a gasolina, diesel ou etanol) e a elétrica. Como a energia elétrica é “limpa” e o motor é abastecido por baterias, os carros híbridos consomem menos combustível e, em consequência, emitem volume menor de gases poluentes.

De acordo com o diretor de tecnologia Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA) e gerente da área de certificação de produto da Toyota, Edson Orikassa, todas as montadoras no Brasil têm se reunido na associação para acelerar a certificação dos carros. “Não existe problema na legislação brasileira que impeça a entrada desses modelos no país, mas quem deverá autorizar a importação e a comercialização é o Ibama. Para os híbridos, ainda não tem um processo de certificação”, afirma Orikassa.

Foto: Eckehard Schulz/AP

Toyota Prius 2010 (Foto: Eckehard Schulz/AP)

Orikassa destaca que as grande montadoras devem acabar incluindo a tecnologia nos híbridos para vender mais esse tipo de modelo. “Para o mercado brasileiro essa é a tendência de se conseguir um aumento de volume”, observa.

A Toyota apresentou seu primeiro protótipo híbrido com tecnologia flex, o 1/X, no Salão de São Paulo de 2008. "Se a Toyota mostrou o 1/X em 2008, temos a ideia de que levaria mais cinco anos para um modelo assim ser lançado, partindo dos cronogramas normais de desenvolvimento de produtos", calcula o engenheiro.


Em 2008, especialistas adiantaram ao G1 sobre a aposta no sucesso dos carros hibrídos. Segundo eles, a expectativa das montadoras é de que até 2020 o volume de modelos híbridos vendidos no mundo seja o mesmo dos modelos equipados somente com motores a combustão.

Inicialmente, todos os híbridos no Brasil serão importados, assim, os preços serão submetidos à alíquota de 35% de importação. Além da homologação dos produtos, esse é outro ponto em discussão por fabricantes e entidades envolvidas. Por se tratar de veículos com apelo ecológico, o setor defende descontos na carga tributária.

Entenda sobre os híbridos


Existem três tipos de carros híbridos. No chamado híbrido paralelo, o motor a combustão é responsável pela locomoção do automóvel e o elétrico é um propulsor auxiliar, para melhorar o desempenho do carro e reduzir o consumo de combustível.

No híbrido-série acontece o contrário: o motor elétrico é responsável pela locomoção do automóvel e o motor a combustão é acionado apenas quando falta energia elétrica. Neste caso, o motor a combustão movimenta o carro por tempo suficiente para recarregar as baterias do motor elétrico.

O terceiro tipo é o híbrido misto, que combina aspectos do sistema em série com o sistema paralelo. Ele permite usar apenas o motor elétrico ou os dois motores em conjunto.

segunda-feira, dezembro 12, 2011

TV Brasil é finalista do Prêmio Mobilidade Urbana 2011 na categoria “Mídia eletrônica”

A reportagem “Mobilidade nas calçadas”, de Glauce Tolomei (repórter), Waldyr Lima (repórter cinematográfico) e Celsiane Barbosa (produtora), da TV Brasil, é finalista do Prêmio Mobilidade Urbana 2011 na categoria “Mídia eletrônica”.

O prêmio é uma iniciativa da Fetranspor (Federação das Empresas de Transporte Coletivo do Rio de Janeiro) para estimular a produção de matérias sobre mobilidade urbana. O trabalho conta a história das calçadas e denuncia a acessibilidade deficiente nas ruas do Rio de Janeiro. Criar boas condições para o pedestre andar nas ruas, é fundamental para a mobilidade nas cidades. Mostrar como é importante na história das calçadas do Rio e na mudança de conceito no mundo, sobre a questão da mobilidade dos pedestres. No Rio, por exemplo, nos anos 60, a prioridade era os carros. E por isso, foram construídas largas avenidas. Hoje em dia, o pedestre é priorizado através da construção de calçadas mais largas. O que a prefeitura está fazendo objetivamente, para a mobilidade na cidade?

Veja o vídeo da reportagem clicando aqui.

Comissão aprova Política Nacional de Mobilidade Urbana

A criação de uma Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU), para a promoção e a integração entre os diferentes modos de transporte e a melhoria da acessibilidade e mobilidade das pessoas e cargas nos municípios foi aprovada no dia 15 de setembro de 2011, em decisão terminativa, pela Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI), e deve seguir para sanção presidencial.

De autoria do ex- deputado Alberto Goldeman, o projeto de lei (PLC 166/2010) define ainda o Sistema Nacional de Mobilidade Urbana como o conjunto organizado e coordenado dos modos de transporte, de serviços e de infraestruturas que garante os deslocamentos de pessoas e cargas no território do município, e fixa princípios, diretrizes e objetivos da política pública que pretende criar. O texto do deputado resultou de quatro projetos que tramitavam na Câmara sobre o assunto, inclusive um do Executivo.

O projeto aprovado pela CI contém 28 artigos distribuídos por sete capítulos. Quanto às diretrizes, dispõe sobre a regulação dos serviços de transporte público coletivo; disciplina a concessão de benefícios e subsídios tarifários, sobre a licitação para concessão e os reajustes de tarifas.

Entre as principais diretrizes a serem observadas segundo a PNMU, destacam-se a precedência do transporte não motorizado sobre o motorizado e do transporte coletivo sobre o individual; a priorização de projetos de transportes coletivos estruturadores do território e indutores do crescimento; a mitigação dos custos ambientais, sociais e econômicos dos deslocamentos; e o estabelecimento de uma política tarifária baseada nos critérios de equidade no acesso aos serviços, de eficiência e de baixo preço.

Como explica o relator na CI, senador Acir Gurgacz (PDT-RO), o projeto disciplina ainda os direitos dos usuários; as atribuições da União, dos estados e dos municípios, e os instrumentos de apoio à mobilidade urbana, entre outros pontos.

Em seu relatório, Acir Gurgacz explica que o projeto fixa o marco regulatório para o setor, suprindo "uma lacuna normativa que perdura desde a promulgação constitucional de 1988", para que "os municípios possam executar uma política de mobilidade urbana que promova a acessibilidade universal em suas dimensões econômicas, sociais e culturais, contribuindo para o desenvolvimento urbano sustentável".

No Senado, o projeto já foi aprovado, sem emendas, por quatro comissões: Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ); Assuntos Econômicos (CAE); Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA); e Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR).

Durante a discussão da matéria, a presidente da CI, senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO), observou que o projeto é um instrumento importante para fazer a interligação dos diversos tipos modais de transporte existentes nas cidades.Já Walter Pinheiro (PT-BA) afirmou que a proposta é bem vinda também para preparar o Brasil para a Copa do Mundo de Futebol, em 2014, e ainda para atender melhor os moradores que dependem de transporte público.

(Fonte: http://www.senado.gov.br. Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Trabalho sobre mobilidade urbana é destaque no 25º Prêmio Jovem Cientista

Na última terça-feira, dia 6, foi realizada em Brasília (DF) a cerimônia de premiação do Prêmio Jovem Cientista 2011, para consagrar os vencedores desta edição que teve como tema "Cidades Sustentáveis". A cerimônia contou com a presença da presidenta Dilma Roussef, do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, da ministra-chefe da Casa Civil, Gleise Hoffmann, e do presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia.

No vídeo abaixo, o repórter Ricardo Carandina acompanha a movimentação no Palácio do Planalto e conversa com o estudante premiado em primeiro lugar na categoria estudante universitário, Kaiodê Leonardo Biague, que aliou em seu trabalho mobilidade urbana com energia limpa.

Vídeo

quarta-feira, novembro 09, 2011

SISTEMA DE INDICADORES DE PERCEPÇÃO SOCIAL

Estudo atualizado e muito interessante do IPEA (Institudo de Pesquisa Econômica Aplicada) a respeito da mobilidade urbana no Brasil.


Clique Aqui.

SP desiste de criar novas motofaixas

Número de acidentes envolvendo motos aumentou após criação de faixas.
Atualmente, capital paulista conta com duas motofaixas.





A Prefeitura de São Paulo descarta a criação de novas motofaixas. A informação foi dada nesta terça-feira (8) pelo secretário municipal de Transportes, Marcelo Cardinale Branco, na Câmara Municipal. Segundo ele, as motofaixas criadas na Avenida Sumaré e na Rua Vergueiro não conseguiram reduzir o número de acidentes nessas vias.

"Os resultados não são os que nós esperávamos. Como não ocorreu redução de acidentes, houve um aumento, hoje não temos mais nenhum desenho de motofaixa sendo feito", afirmou o secretário. A Secretaria Municipal dos Transportes diz estar finalizando um balanço do total de acidentes nessas vias para decidir se vai manter as motofaixas ou retirá-las.

As motofaixas eram, desde o início de 2008, a principal aposta para tentar reduzir o número de mortes com motociclistas. No Plano de Metas 2009-2012, o prefeito Gilberto Kassab (PSD) chegou a assegurar a criação de oito delas. Em 2011, com a criação da faixa na Rua Vergueiro, a meta foi reduzida para três. Mas, para 2012, último ano do atual governo, não existe nenhum investimento previsto.

Os acidentes com os motociclistas vêm aumentando na capital mesmo após a inauguração das duas faixas exclusivas. Em 2010, houve uma elevação de 11,7% no número de motoqueiros mortos, o que interrompeu uma tendência de queda verificada em 2009. Apesar das motos serem apenas 12% da frota de veículos, os motoqueiros são 35% das pessoas que morrem no trânsito paulistano todos os anos.

Fonte: G1

domingo, novembro 06, 2011

Estudo avalia mobilidade urbana de 66 cidades do mundo

Com os atuais sistemas beirando o colapso, a mobilidade urbana é um dos desafios mais difíceis com que as cidades se defrontam. Em "O Futuro da Mobilidade Urbana: Rumo às cidades multimodais em rede em 2050" as melhores práticas de todo o mundo que utilizam imperativos estratégicos para fazer frente a este desafio são apresentadas.

Usando 11 critérios, a empresa de consultoria em inovação Arthur D. Little (ADL) avaliou a maturidade da mobilidade e o desempenho de 66 cidades em todo o mundo utilizando uma pontuação de 0 a 100 para os indicadores. O resultado médio acabou ficando abaixo de 65, mostrando que hoje a maioria das cidades somente está alcançando dois terços de seus potenciais. Hong Kong e Amsterdã são as duas únicas cidades que obtiveram mais de 80 pontos, com Atlanta e Teerã na parte inferior do espectro com 46,2 e 47,7 pontos, respectivamente.

"Em 2050, setenta por cento da população mundial viverá em cidades, e a maioria dos sistemas de mobilidade urbana simplesmente não pode lidar com isto. Nossa pesquisa e análise evidenciaram que existe uma ampla gama de soluções e tecnologias disponíveis para resolver os atuais desafios da mobilidade, mas a maioria dos sistemas de mobilidade urbana se mostrou hostil à inovação", declara Wilhelm Lerner, Parceiro de Estratégia e Organização da ADL.

Conforme o estudo, para enfrentar o desafio da mobilidade urbana, as cidades devem implementar uma das três estratégias, dependendo de sua localização e maturidade:

-- Interligar o sistema em rede: Cidades com alto desempenho devem fornecer um ponto de acesso único para a cadeia de valor da viagem a fim de promover o transporte multimodal.

-- Repensar o sistema: Cidades em países desenvolvidos com uma alta proporção de transporte individual motorizado necessitam replanejar fundamentalmente seus sistemas de mobilidade para se tornarem mais orientados ao público e à sustentabilidade.

-- Estabelecer estrutura sustentável: Cidades de países emergentes devem estabelecer uma estrutura sustentável que possa satisfazer as demandas de curto prazo com um custo razoável sem a necessidade de grande remodelamento posterior.

Além disto, a pesquisa identificou três modelos de negócios sustentáveis em longo prazo para os fornecedores de mobilidade:

-- O Google da mobilidade urbana: Construído sobre um ativo fundamental de uma interface amigável ao cliente, o modelo fornece um ponto único de acesso para a mobilidade multimodal e serviços complementares para os consumidores finais em larga escala para conduzir a captação.

-- O Apple da mobilidade urbana: No centro deste modelo de negócios estão integrados serviços e soluções de mobilidade a consumidores finais ou cidades. Serviços integrados de mobilidade para consumidores finais fornecem uma experiência de percursos multimodais sem descontinuidade, como transporte público interligado com carros e compartilhamento de bicicletas. O fornecedores interessados disponibilizam soluções multimodais integradas completas.

-- A Dell da mobilidade urbana: Esta é uma oferta básica com compartilhamento de carros ou bicicletas, sem integração ou interligação em rede. Também pode incluir soluções tecnológicas inovadoras como transponders que tornam viáveis os modelos Google e Apple.

O relatório completo pode ser acessado AQUI

sábado, outubro 29, 2011

Nova Alternativa de transporte para POA, mais rápida e o melhor: Sustentável!

Embarcações para passageiros operam a partir desta sexta-feira


A partir desta sexta-feira, o transporte fluvial volta a ser um dos modais possíveis de deslocamento entre Porto Alegre e Guaíba. Aguardado há mais de 50 anos, quando foi desativado o acesso entre as duas cidades pela malha hidroviária, o novo serviço foi comemorado por autoridades, empresários e convidados durante evento de inauguração, ocorrido na tarde desta quintafeira, no terminal hidroviário
de Guaíba.

Resultado de um investimento de R$ 7 milhões por parte da Catsul, empresa que tem a concessão para explorar a travessia, o serviço conta com duas embarcações com assentos para 120 pessoas, mais dois espaços para cadeirantes. De acordo com o diretor-presidente do grupo Ouro e Prata e presidente da Catsul, Hugo Fleck, a injeção de recursos deverá ser recuperada com as tarifas do serviço diário.

Para percorrer os 15 quilômetros do percurso foram estabelecidos 14 horários em cada sentido, durante os dias de semana. As passagens custam R$ 6,00 de segunda a sextas-feiras e R$ 7,00 nos sábados, domingos e feriados, quando os horários são reduzidos pela metade. Na Capital, o terminal de embarque e desembarque de passageiros está localizado no Armazém B3 do Cais do Porto, próximo à Estação Mercado da Trensurb.

"Este é um transporte que veio para ficar e se ampliar para a Região Metropolitana de Porto Alegre", promete o secretário de Infraestrutura e Logística, Beto Albuquerque. Ele ressalta que o novo instrumento de transporte, além de rápido - com viagens de 20 minutos -, é sustentável. Radiante com a "conquista para a cidade de Guaíba", o prefeito Henrique Tavares participou da viagem inaugural de um dos Catamarãs ao lado do prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, e do governador Tarso Genro.


Fonte: Jornal do Comércio (http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=77188

quinta-feira, julho 14, 2011

TEX

http://vimeo.com/11086330
Pense nisso.


http://www.youtube.com/watch?v=CZYmy2tctgQ&feature=related

domingo, julho 10, 2011

Ciclovia da Ipiranga terá 9,4 quilômetros de extensão

27/06/2011 09:56:04

Foto: Ricardo Giusti/Arquivo PMPA
Às margens do Arroio Dilúvio, ciclovia terá duplo sentido de circulação

Às margens do Arroio Dilúvio, ciclovia terá duplo sentido de circulação

Quem usa bicicleta para se deslocar terá uma nova alternativa: a avenida Ipiranga receberá uma ciclovia de 9,4 quilômetros de extensão, ligando as avenidas Edvaldo Pereira Paiva (Beira-Rio) e Antônio de Carvalho. A obra será uma contrapartida ambiental para a cidade, envolvendo a prefeitura, o Grupo Zaffari e o Shopping Praia de Belas, e faz parte do Plano Diretor Cicloviário, elaborado pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), que prevê um potencial de 495 quilômetros de ciclovias em diversos pontos da Capital.

A ciclovia será às margens do Arroio Dilúvio, terá duplo sentido de circulação e mudará de lado em alguns pontos, para um melhor aproveitamento de espaço do talude. Exclusiva para quem anda de bicicleta, a pista será segregada ao tráfego de veículos e apresentará piso na cor vermelha, sinalização horizontal e vertical (placas e pinturas) e semáforos específicos.

Normas técnicas - O projeto da ciclovia da Ipiranga foi realizado pela Gerência de Planejamento Estratégico da EPTC e atende a normas técnicas internacionais, contemplando mais segurança e conforto aos ciclistas. O diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari, projeta para 90 dias o início das obras da ciclovia. “Será uma nova alternativa de deslocamento pela Ipiranga, além de colaborar para o meio ambiente e ajudar na saúde das pessoas", afirmou. "Nossa ideia, desde a criação do Plano Diretor Cicloviário, é incentivar o uso desse tipo de transporte. Seguiremos buscando parceiros e investindo na implantação de novas ciclovias”, destacou Cappellari.

Ciclovias integradas - Com a conclusão da duplicação da Edvaldo Pereira Paiva (Beira-Rio), obra prevista para a Copa do Mundo e que também contará com uma ciclovia de 5 quilômetros, haverá uma integração dos espaços exclusivos para os ciclistas das avenidas Ipiranga, Edvaldo Pereira Paiva, Padre Cacique (1 quilômetros a ser implantado) e Diário Notícias (2 quilômetros já existentes), resultando em 17,4 quilômetros de ciclovias integradas.

Prefeito anuncia melhorias no transporte coletivo

28/06/2011 12:21:53

Foto: Ricardo Giusti/PMPA
Coletiva à imprensa no Paço Municipal

Coletiva à imprensa no Paço Municipal

Os avanços e as novidades do transporte coletivo de Porto Alegre e Região Metropolitana foram tema de coletiva de imprensa na manhã de hoje, 28, no Paço Municipal. O prefeito José Fortunati anunciou as melhorias para os usuários dos ônibus da Capital e do trem metropolitano. O diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação Vanderlei Cappellari, o presidente da Trensurb Humberto Kasper e o presidente da Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP), Enio Roberto dos Reis também participaram do encontro.

A partir de 1º de julho entram em vigor a segunda passagem integrada grátis, inclusive para estudantes; a implantação do cartão SIM Vale-transporte da Trensurb; a integração do TRI e do SIM com desconto para usuários do vale-transporte e da passagem antecipada e, em 15 de julho a compra dividida de créditos escolares. Durante o evento foram assinados os decretos que autorizam a gratuidade do segundo trecho e o fracionamento da venda de passes escolares. Também foi apresentada a campanha publicitária sobre as inovações.

Segundo o prefeito, as novidades vão facilitar o deslocamento e trazer economia para a população. “Serão beneficiadas especialmente as pessoas que têm menor renda, que acabam caminhando um trecho, por vezes bastante grande, para não pagar a segunda passagem”, afirmou ao salientar que estas iniciativas são avanços e agregam mais qualidade ao transporte coletivo da cidade juntamente com ações como a renovação da frota. “Desde 2010 foram substituídos 142 ônibus em Porto Alegre e 58 novos foram agregados à frota”, destacou Fortunati.

Atualmente, 1650 veículos fazem parte da frota de ônibus de Porto Alegre, divididos em mais de 350 linhas. Para Kasper, a integração entre o TRI e o SIM representa uma facilidade para os usuários que utilizam os dois modais. “Agora a integração poderá ser feita com qualquer linha da Capital”, disse o presidente da Trensurb.

O presidente da ATP falou da parceria que proporciona a efetivação dos avanços. “A Prefeitura, a ATP e a Trensurb unem esforços para concretizar ações que melhoram o transporte coletivo na cidade”, frisou Reis.


Melhorias no transporte coletivo de Porto Alegre e Região Metropolitana:

Segunda passagem grátis: possibilita o desconto integral na tarifa do segundo ônibus. Atualmente, quem desce do primeiro coletivo e embarca no seguinte em até 30 minutos, recebe 50% de desconto na passagem. A partir do dia 1° de julho, o desconto será de 100% para quem faz o embarque dentro do tempo da integração. Além disso, o benefício será estendido aos estudantes e professores. Atualmente são cerca de 223 mil usuários do cartão TRI escolar e 515 mil usuários do cartão de vale-transporte e de passagem antecipada. Esses números indicam que mais de 700 mil pessoas estarão aptas a realizar o segundo percurso com isenção da tarifa. Por mês, dois milhões de viagens já são feitas com o abatimento de 50% no segundo trajeto.

Integração TRI e SIM: o lançamento do cartão de vale-transporte da Trensurb dá continuidade à implantação do SIM – Sistema Integrado Metropolitano. Em dezembro de 2009 foi criado o cartão SIM de passagem antecipada e em novembro de 2010 o cartão SIM para idosos, sendo que com este último teve início a integração do TRI com o SIM. No dia 1° de julho começará o cadastramento para usuários do vale-transporte do trem. A implantação do cartão SIM de vale-transporte trará também a inclusão de uma nova vantagem para passageiros do trem e do ônibus: o passageiro terá desconto de 10% quando utilizar os dois meios de transporte. Os usuários do cartão TRI de vale-transporte e de passagem antecipada acrescidos aos usuários do cartão SIM de passagem antecipada resultam em quase 525 mil pessoas que poderão se beneficiar da integração logo no primeiro dia de lançamento.

Compra fracionada de passagem escolar: A compra dividida de créditos escolares terá início no dia 15 de julho. A mudança consiste na possibilidade de mais de uma compra de passagens por mês. No momento, o professor ou estudante pode realizar apenas uma recarga. Com a alteração, será possível fazer até quatro compras mensais, desde que não exceda o limite de créditos permitido, que é de 75 passagens ou 150 para quem comprova necessidade.

Campanha publicitária e redes sociais: A campanha de lançamento das novidades começará no dia 1° de julho. Entre os materiais publicitários estão cartazes, folhetos, adesivos e peças em jornal, rádio e TV. Estará presente em toda a divulgação o novo parceiro do TRI: o TRI AMIGO. Ele é a personificação do cartão. Um companheiro para todas as horas, pró-ativo, simpático e divertido. O TRI AMIGO terá um perfil no twitter – @triamigopoa – e dará uma grande ajuda a todos os usuários do sistema TRI.

sexta-feira, julho 08, 2011

Soluções para mobilidade urbana são foco de estudos da pós-graduação

PDF Imprimir E-mail
Publicada por Assessoria de Imprensa da Capes
Quinta, 10 de Junho de 2010 18:09

O tráfego das pessoas é uma questão significativa para quem vive em grandes cidades. Congestionamentos, falta de vagas, poluição, atropelamentos são alguns dos temas evocados quando se pensa mobilidade urbana. O segundo dia do seminário A pós-graduação e o desafio das metrópoles promovido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) na quinta-feira, 10, tratou desse tema em uma mesa-redonda sobre circulação e mobilidade no espaço metropolitano. Ao final, os palestrantes deixaram claro a necessidade de uma abordagem multidisciplinar do tema.

EngarrafamentoJoiseyShowaaED
O pequeno investimento em transporte públicos pode levar a uma “imobilidade” das metrópoles (Foto: Joisey Showaa)

A professora Maria Leonora Maia, da Universidade Federal de Pernambuco, explicou como nos últimos dez anos ocorreu uma “explosão da mobilidade” nas grandes cidades brasileiras: se viaja mais, para cada vez mais longe e de maneira individual. Os poucos investimentos em transportes nao-motorizados e públicos podem levar, para a especialista, a uma “imobilidade” das metrópoles.

“Os congestionamentos são cada vez mais frequentes. Promovemos um estilo de vida dependente do automóvel. Em algumas cidades, chega-se a ter dois habitantes por veículo. Um aumento do número de automóveis maior que o próprio aumento da população”, explica a professora.

Segundo Maia, a mobilidade se comporta de forma distinta para diferentes classes sociais, quanto mais alta maior o índice do uso do transporte privado. “A carência de transporte público reforça a exclusão da população pobre e incentiva as viagens de automóveis de quem o possui, trocando viagens curtas a pé e de bicicleta por locomoções de carro”, afirmou.

100610_SemDesafioMetropole001
A professora Maria Leonora Maia trouxe críticas ao modelo de vida dependente do automóvel (Foto: ACS/Capes)
Quarta dimensão
Para o professor de engenharia da Universidade de Brasília (UnB), André Assis, uma das soluções para a questão da mobilidade está na quarta dimensão das cidades: o espaço subterrâneo, que traz uma série de desafios tecnológicos. O palestrante trouxe exemplos de estações multimodais japonesas com trens subterrâneos e superfície ajardinada, sistema integrado de preços e que deixam a superfície apenas para atividades consideradas mais nobres como moradia e lazer.


“Os centros das grandes cidades foram destruídos para criar espaços de armazenamento. Não faz sentindo um edifício-garagem na área mais nobre e viva de uma metrópole. Temos que revitalizar isso, recuperar o centro”, afirmou Assis. Segundo o professor, o espaço subterrâneo possibilita isso, se aliar conhecimento de projeto com tecnologia apropriada para os planejamentos urbanos.

Os serviços de utilidades públicas e transportes devem ser predominantemente subterrâneos, de acordo com o professor da UnB, assim como os transportes de massa e vias expressas. O palestrante mostrou exemplos de praças na França e vias nos Estados Unidos, em que boa parte do viadutos foram transformados em parques. Apresentou, ainda, diferentes métodos construtivos e as nova técnicas tuneleiras que constróem de maneira 100% subterrânea.

Multidisciplinaridade
Outro ponto destacado por André Assis foram os múltiplos estudos que envolvem a análise da mobilidade urbana. “Envolvemos aspectos geológicos, de engenharia, arquitetônicos, jurídicos e econômicos. No caso de túneis, por exemplo, há de se pensar a questão ambiental do deslocamento do material escavado e dos lençóis freáticos, a questão da volorização imobiliária e do comércio local, assim como estudos de psicologia, com cuidados com iluminação”, afirmou.

A professora Maria Leonora Maia também apontou que os estudos sigam essa interdisciplinaridade. De acordo com a professora da UFPE, falar de mobilidade e circulação é tratar de consumo do espaço que dá acesso as atividades distribuídas no território. “Por isso é importante trabalharmos de de maneira multidiciplinar, pois o transporte é de pessoas e assim envolve questões ambientais, sociais, econômicas”, concluiu.

A relatora da mesa, professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), destacou a necessidade das diversas áreas do meio acadêmico se unirem para resolver esse problema. “A tônica geral é que precisamos ser mais criativos. Precisamos de soluções que dêem um salto nas proposições e pensamentos. Isso a universidade e os pesquisadores fazem muito bem, temos o ambiente propício para isso. As cidades precisam ser reformuladas e a universidade precisa ser mais proativa”, concluiu.

100610_SemDesafioMetropole002
O professor de engenharia da André Assis acredita que a solução para mobilidade está no espaço subterrâneo das cidades (Foto: ACS/Capes)

Planejamento Urbano
Os debates continuaram com a última mesa de apresentação do seminário, sobre Ordenamento do Território Metropolitano: Tecnologias, Urbanismo e Habitação. A professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), Nadia Somekh, apresentou estratégias para se pensar o projeto urbano como convergência de diversos fatores como mobilidade, segurança, habitação. Ela apresentou o conceito de “cidade criativa” com exemplo de antigas fábricas na Europa transformadas em espaços para pequeno e micro empresas e de “cidade compacta”, com utilização mais racional de recursos naturais e diminuição de desperdícios.

O professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Gilberto Corso Pereira, apresentou novas tecnologias, que estão sendo desenvolvidas no laboratório de Arquitetura da UFBA, e mostrou exemplos de projetos recentes desenvolvidos lá. Iniciativas de apoio à prefeitura de Salvador, que utilizam tecnologias de geoprocessamento, como GPS, cartografia digital, modelo digital de terreno para gerar informação com funções estatísticas e gráficas e promover projetos de habitação de interesse social.

Seminário
O seminário A pós-graduação e o desafio das metrópoles teve como objetivo discutir o papel e as ações da pós-graduação brasileira para a melhoria da qualidade de vida nas metrópoles. O evento abordou cinco temas desenvolvidos por pesquisadores da pós-graduação brasileira com atuação direta nas áreas de segurança; engenharia urbana (saneamento e problemas ambientais); mobilidade e transportes; gestão metropolitana; e ordenamento do território (habitação e urbanismo), moderados pelos coordenadores de áreas da Capes envolvidas com as pesquisas apresentadas.

sábado, junho 25, 2011

Pensando bem.....

Postado por Guilherme.


Vejam o texto de Scaringella:



Ao se pensar em Mobilidade Urbana Sustentável é mais que tratar apenas transporte e trânsito. Requer a orquestração e a continuidade de uma série de iniciativas que integram e interagem com agentes públicos e privados das cidades brasileiras. Estes devem ser traçados com diretrizes que envolvam a combinação das políticas de uso do solo, do ambiente urbano, do transporte, do trânsito de veículos de pessoas e animais, e deve compor a proposta de um modelo sistêmico em uma abordagem profunda na qual inclua as questões de oferta de infra-estrutura, distribuição nacional de viagens e monitoramento eletrônico do trânsito, de pedestres de animais. Sem descuidar do mais importante o ser humano neste contexto. A cultura preventiva deve prevalecer em relação à corretiva, no quesito fluidez deve ter importância secundária em relação a segurança no trânsito e de pedestres, não esquecer da sonora e ambiental e hoje dos escoamentos de águas pluviais. Pra que não tenhamos que pelo menos duas a três vezes na semana ficarmos atolados em cima do capo do carro e não morrermos afogados nas grandes cidades por falta de Mobilidade Urbana Sustentável, o planejamento urbano sustentável, resume-se na identificação e gerenciamento de riscos envolvendo fator humano, meio ambiente, via pública e veículo nestas cidades.
Mobilidade Urbana Sustentável é o resultado de um conjunto de políticas de planejamento urbano, transporte e circulação humana que visam proporcionar o acesso amplo e democrático ao espaço urbano, através da priorização dos modos de transporte coletivo e não motorizados de maneira efetiva, socialmente inclusiva e ecologicamente sustentável. Há nas grandes cidades mais de uma mobilidade urbana sustentável, a oficial e a clandestina, e a irregular, completamente fora da lei e de controle. As ocupações irregulares favelas de alvenaria surgem em velocidade e extensão assustadoras, gerando mobilidade clandestina sem planejamento e sem controle e a imobilidade dos poderes públicos constituídos.
Neste caso o planejamento urbano é um processo praticamente inexistente, e a Mobilidade Urbana Sustentável totalmente em risco, sem sustentabilidade. Quando o poder público propõe alguma intervenção é sempre atrasada e vai a reboque da realidade incontrolada que se implanta apesar do arrepio da lei.
A discussão das questões relacionadas à Mobilidade Urbana Sustentável nas cidades é para que as cidades adotem as seguintes medidas: enfatizar o uso do transporte coletivo e não do transporte individual; reduzir os congestionamentos na cidade; diminuir a poluição ambiental gerada pelos meios de transporte; diminuir o número de acidentes de trânsito; incentivar a utilização de combustíveis não poluentes e renováveis; orientar os investimentos públicos no setor de transportes; orientar os equipamentos, a distribuição de infra-estrutura de transportes, a circulação e distribuição de mercadorias e pessoas na cidade, a questão sonora e pluvial.
Ou seja, a Mobilidade Urbana Sustentável nas grandes cidades é um verdadeiro caos, e sem nenhuma mobilidade e saída visíveis e possível no momento.
Ao se pensar em Mobilidade Urbana Sustentável é mais que tratar apenas transporte e trânsito. Requer a orquestração e a continuidade de uma série de iniciativas que integram e interagem com agentes públicos e privados das cidades brasileiras. Estes devem ser traçados com diretrizes que envolvam a combinação das políticas de uso do solo, do ambiente urbano, do transporte, do trânsito de veículos de pessoas e animais, e deve compor a proposta de um modelo sistêmico em uma abordagem profunda na qual inclua as questões de oferta de infra-estrutura, distribuição nacional de viagens e monitoramento eletrônico do trânsito, de pedestres de animais. Sem descuidar do mais importante o ser humano neste contexto. A cultura preventiva deve prevalecer em relação à corretiva, no quesito fluidez deve ter importância secundária em relação a segurança no trânsito e de pedestres, não esquecer da sonora e ambiental e hoje dos escoamentos de águas pluviais. Pra que não tenhamos que pelo menos duas a três vezes na semana ficarmos atolados em cima do capo do carro e não morrermos afogados nas grandes cidades por falta de Mobilidade Urbana Sustentável, e também de planejamento urbano sustentável. Resume-se na identificação e no gerenciamento de riscos envolvendo o fator humano, meio ambiente, via pública e veículo nestas cidades.
Mobilidade Urbana Sustentável é o resultado de um conjunto de políticas de planejamento urbano, transporte e circulação humana que visam proporcionar o acesso amplo e democrático ao espaço urbano, através da priorização dos modos de transporte coletivo e não motorizados de maneira efetiva, socialmente inclusiva e ecologicamente sustentável. Há nas grandes cidades mais de uma mobilidade urbana sustentável, a oficial e a clandestina, e a irregular, completamente fora da lei e de controle. As ocupações irregulares favelas de alvenaria surgem em velocidade e extensão assustadoras, gerando mobilidade clandestina sem planejamento e sem controle e a imobilidade dos poderes públicos constituídos.
O planejamento urbano é um processo praticamente inexistente, a Mobilidade Urbana Sustentável totalmente em risco, sem sustentabilidade. Quando o poder público propõe intervenção é sempre atrasada, vai a reboque da realidade incontrolada que se implanta.
A discussão das questões relacionadas à Mobilidade Urbana Sustentável nas cidades, possam adotar as seguintes medidas: enfatizar o transporte coletivo, não ao transporte individual; reduzir os congestionamentos na cidade; diminuir a poluição ambiental gerada pelos meios de transporte; diminuir o número de acidentes de trânsito; incentivar a utilização de combustíveis não poluentes e renováveis; orientar os investimentos públicos no setor de transportes; orientar os equipamentos, a distribuição de infra-estrutura de transportes, a circulação e distribuição de mercadorias e pessoas na cidade, a questão sonora e pluvial.


Fonte: http://pt.shvoong.com/internet-and-technologies/universities-research-institutions/1872822-mobilidade-urbana-sustent%C3%A1vel/#ixzz1QJ02xppQa
Pessoal,

Os Dez Princípios para Mobilidade Urbana Sustentável, foi postado pelo Guilherme Marchioretto.....

domingo, maio 29, 2011

Dez Princípios Básicos Para a Mobilidade Urbana Sustentável

De acordo com o International Transport Forum, o setor de transporte é responsável por cerca de 1/4 das emissões dos chamados Gases do Efeito Estufa – GEE, na maior parte devido ao grande crescimento da frota de carros e caminhões, e o aumento de usuários no transporte aéreo. Um crescimento de 45% de 1990 a 2007. Até aí, acho que nenhuma novidade. Sabemos que a forma como transportamos mercadorias e a nós próprios tem um impacto considerável ao meio ambiente: quer seja na emissão dos GEE, na construção de rodovias e na urbanização não planejada que este processo acarreta.

Tomemos o exemplo do Brasil: a malha rodoviária recebeu grandes incentivos a partir da década de 50, o que possibilitou o seu rápido crescimento, principalmente devido a inserção da indústria automobilística no país. Na última crise, o Governo Lula optou pela baixa nos preços dos automóveis para salvar a economia do país. Segundo dados de Abril do Departamento Nacional de Trânsito – DNT, o país possui uma frota de mais de 61 milhões de veículos e este número cresce a cada dia.

A falta de planejamento urbano é também um agravante à sustentabilidade urbana: há um crescimento que não considera condições básicas à vivência, e muito menos, a sustentabilidade. Podemos citar aqui o crescimento populacional nas grandes cidades: estima-se que em 2030, 60% da população mundial, cerca de 5 bilhões de pessoas, viverão em áreas urbanas – e a maioria delas em países em desenvolvimento. Ou seja, é urgente criarmos condições para um equilíbrio entre moradia, transporte, circulação de carros e pedestres, manutenção de áreas verdes, etc.

Em relação ao impacto do crescimento populacional na qualidade do transporte nas cidades, o Institute for Transportation and Development Policy (ITDP) desenvolveu uma publicação que apresenta 10 princípions para que as cidades possam encarar estes desafios que falei e chegar a esse equilíbrio. “Our Cities Ourselves: 10 Principles for Transport in Urban Life” é uma publicação para auxílio em um planejamento urbano mais inteligente.

Veja abaixo estes 10 princípios:

A.Andar a pé: é preciso garantir espaços seguros, desobstruídos e de qualidade aos pedestres;
B.Não-poluentes: deve-se criar condições ao uso de transportes não-poluentes, como a criação de ciclovias;
C.Transporte público: oferecer transporte público de qualidade, que supra as necessidades dos passageiros;
D.Controle de tráfego: criar restrinções a carros em locais de grande circulação de pedestres;
E.Serviços delivery: fazer as entregas da forma mais segura e limpa possível;
F.Integração: é preciso integrar pessoas e construções, possibilitando lazer, trabalho e outras atividades em espaços próximos;
G.Preencher espaços: com o preenchimento de espaços vazios, como terrenos baldios, possibilita essa integração do item F, tornando as atividades possíveis a pé, por exemplo;
H.Preservação dos bens: preservar a diversidade sociocultural, os ambientes e belezas naturais da cidade;
I.Diminuir distâncias: criar conexões entre lugares, possibilitando caminhos diretos e livres;
J.Durabilidade: planejamento e uso de materiais de qualidade, posterior manutenção.